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A iniciativa visa identificar ligações indevidas à rede de esgoto pela técnica do fumacê
A coleta e o tratamento das águas residuais, desde a origem até o lançamento final, junto com o abastecimento de água tratada, são os princípios fundamentais do saneamento básico. Para garantir a qualidade adequada, a concessionária Águas de Sinop realiza o “Fumacê”, uma iniciativa que visa identificar ligações indevidas à rede de esgoto.
As ações do projeto foram iniciadas em outubro de 2023 nos bairros Jardim Aurora e Daury Riva. Em março deste ano de 2024, foi retomado a partir do bairro Monte Carlo e no dia 12 de junho o cronograma está sendo seguido pela Cidade Alta. Os demais bairros, no total de oito, serão visitados até o fim de novembro. São eles: Araguaia, Belvedere, Kaiabi e Sabrina, finalizando assim todos os locais onde existem as chamadas “redes secas”, ou seja, uma rede que não está interligada ao Sistema de Tratamento de Esgoto. Confira o cronograma detalhado de datas de acordo com cada bairro logo abaixo.
A Coordenadora Regional da Águas de Sinop, Moniky Santiago, explica que o fumacê auxilia na identificação das ligações indevidas de redes por onde escoa a água da chuva às redes de esgoto. “Além de irregular, essa prática causa uma série de problemas ao sistema sanitário e ao meio ambiente. Nossa função durante essas visitas é educativa e de alerta ao morador. Informamos da situação e orientamos como deverá proceder com a regularização”, destaca Monik Santiago.
A técnica do fumacê consiste na aplicação de uma fumaça não tóxica nas entradas dos poços de visitas (também conhecidos como PV’s), estruturas que dão acesso às tubulações. Ao ser injetado, o produto percorre o caminho inverso ao do esgoto, apontando onde há ligação irregular, seja de “rede seca” ou rede pluvial na rede coletora de esgoto.
Durante as visitas, a equipe da Águas de Sinop notifica o morador cuja casa tiver sido identificada com algum tipo de ligação irregular e solicita que a situação deve ser corrigida imediatamente, informando que dentro de um prazo entre 10 e 15 dias a equipe vai retornar ao local para checar o cumprimento ou não do procedimento. Importante salientar que o não cumprimento poderá acarretar em pagamento de multa pelo morador responsável da residência.
Os prejuízos
A rede de esgoto é formada por tubulações que transportam o esgoto para as estações de tratamento, onde a água residual fica livre de poluentes para retornar aos rios e mares. Quando o esgoto não é tratado, os seus componentes que contêm inúmeros resíduos tóxicos provocam a proliferação de organismos patogênicos, causando poluição e desequilíbrio no ecossistema, bem como males para a saúde, como os riscos de contaminação e transmissão de doenças, sendo as mais comuns: cólera, leptospirose, disenteria bacteriana e parasitoses, agravamento de epidemias como a dengue e a febre amarela.
A poluição dos recursos hídricos é outro grande problema, causado pelo despejo do esgoto sem tratamento. Os rios que recebem esse líquido são contaminados e a disponibilidade de água fica ainda mais reduzida, pois os mananciais perdem o seu padrão de consumo.
Por fim, o mau cheiro em alguns locais, que ocorre por causa do esgoto “correndo à céu aberto” ou devido ao baixo fluxo do escoamento do esgoto na tubulação, que o retém por mais tempo que o previsto, eliminando odores gerados por suas reações químicas.
Os benefícios
Já por outro lado, a conexão regular ao sistema de esgotamento sanitário oferece diversos benefícios à população: mais saúde, preservação do meio ambiente, maior qualidade de vida, redução de doenças e internações hospitalares, bem como melhoria na higiene doméstica e pública. Dessa forma, os serviços de coleta e tratamento de esgoto são indispensáveis para promover as condições mínimas de desenvolvimento social. O não uso da rede de esgoto corretamente afeta não apenas a saúde e o meio ambiente, como também as condições socioeconômicas, sendo necessária a implantação de medidas eficazes para alterar esse cenário.
A Águas de Sinop faz parte do grupo Aegea, líder no setor privado de saneamento básico no Brasil. Hoje, são mais de 31 milhões de pessoas atendidas com os serviços de tratamento e distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto em 505 municípios, de Norte a Sul do país.